+ . . .+ . . . + . . . + . . . + . . .+ . . . . + . . .+ . . . + . . .+ . . +

 E quem diria que, finalmente, superei a tua partida. É, já não choro todas as noites, e a tal felicidade anda me visitando. Sorrisos verdadeiros já estão sendo arrancados de mim. Sabe… confesso que você ainda faz falta, e que, uma noite ou outra, você vem me visitar nos meus sonhos, mas isso é normal, não é? Afinal, qualquer um pode invadir nossos sonhos. A noite não estamos no controle da mente.[…] Já aceno ao passar por você sem angustia alguma. Já consigo lembrar de nós dois sem que haja choros e arrependimentos pelos erros ou pela falta da sua presença. Ver nossas fotografias já não dói mais, na verdade rolam risos bobos ao perceber o quanto estranhas eram minhas roupas e o quanto seu topete era desajeitado e o seu sorriso torto. É estranho quando a desilusão vem, não é? Antes eu não conseguira enxergar isso, antes tu era tão perfeito, tão… tão na medida exata, sabe? Seu topete era um charme a mais a me conquistar, seu sorriso poderia iluminar uma cidade de tão radiante e lindo, as suas piadas sem noção conseguiam, de alguma forma, tirar gargalhadas quando era quase incapaz fazê-las aparecerem... Enfim, você era completo. Nós éramos completos. Chegava a ser impossível me imaginar longe de você. Só de pensar em um fim entre nós eu me arrepiava dos pés a cabeça. Eu pensava que seria um sonho eterno, e a realidade nunca viria átona. Porém, agora que tudo acabou, eu percebo que estava enfeitiçada, e que você não é tudo isso que eu imaginava ser. Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que não foi bom estar contigo durante todo esse tempo, foi bom, sim, mas nada que seja impossível de superar.  A gente viveu nosso conto de fadas, um conto de fadas diferente, um conto de fadas que acabou.